ACIDENTE ENTRE MOTO E CAMINHÃO MATA JOVEM EM BAURU

Uma jovem de 21 anos morreu após ter a moto em que estava atingida por um caminhão baú, ontem de manhã. Maiara Ketlen Martins é a quarta vítima fatal envolvendo motocicletas no perímetro urbano de Bauru somente neste mês.

 

O acidente ocorreu por volta das 10h15, na quadra 50 da Avenida Nações Unidas, Núcleo Geisel. Sobre sua moto CG Cargo 150, Maiara estava parada no semáforo, quando foi colhidida pelo caminhão. Com o impacto da batida, ela caiu embaixo do veículo e chegou a ser arrastada por alguns metros e também atropelada, vindo a morrer no local.

 

O motorista, Juvenal Avelino Pereira, de 60 anos, alegou para a PM que o caminhão perdeu o freio. Por essa razão, relatou não ter conseguido frear no sinal, situado em trecho de subida, na rotatória em frente à Companhia de Entrepostos e Armazéns Gerais de São Paulo. Outro carro, um HB20 Sedan conduzido pela professora universitária Josiane Bocchi, de 40 anos, também foi atingido. Por sorte, ela não se feriu.

 

O caminhoneiro seguia na faixa da direita, no sentido Centro-Unesp. Juvenal contou que seu destino era o bairro José Regino, onde entregaria telhas para o morador de uma residência. “Quando eu vi o sinal fechar, tentei frear, mas o freio falhou”, relata.

 

Ele disse que, à frente, havia um carro na faixa da direita e outro na da esquerda, e que a moto estava no corredor entre os dois carros. Ao perceber o problema mecânico, lembra o motorista, a reação foi jogar o caminhão para o lado esquerdo, cuja manobra resultou na colisão com o HB20 e, na sequência, contra a motocicleta.

 

“Não teve como parar. Dirijo caminhão desde 1976 e nunca me envolvi em um acidente grave. Estou assustado”, frisou Juvenal, garantindo que realiza manutenção frequente no veículo. “Sempre tomei os devidos cuidados. Não sei o que houve”.

 

A Polícia Científica foi acionada e o resultado da perícia técnica irá apontar as causas do acidente.

 

O caso foi registrado como homicídio culposo e segue sob investigação da Polícia Civil.

 

CASAMENTO MARCADO

 

Maiara trabalhava em uma empresa de peças agrícolas e usava a moto da firma para entregar produtos e visitar clientes, segundo funcionários do estabelecimento. Natural de Macatuba, a jovem também fazia parte de uma equipe feminina de futebol amador de Bauru. Ao que tudo indica, era boa de bola, pois recebeu o apelido de “Neymar”.

 

Ainda de acordo com os colegas de trabalho, ela morava no Jardim Marabá com a namorada, com quem iria se casar na primeira quinzena de janeiro do ano que vem. As duas estariam com viagem agendada para Santos, logo após o casório.