BEBÊ É BATIZADO EM HOSPITAL DE MARÍLIA

30/11/2016 - 10:20

Com dois anos e nove meses de vida, e após 790 dias de internação na Santa Casa de Marília, o pequeno Kauê da Silva recebeu recentemente o sacramento do batismo, conforme a fé e a tradição de sua família. A cerimônia ocorreu no leito da pediatria onde o menino está internado pelo Sistema Único de Saúde desde setembro de 2014 e foi comandada pelo padre Cléber Polizer, responsável pela Paróquia Santa Isabel.

 
A assistente social Clotilde Carvalho de Souza conta que, nos 17 anos de trabalho no hospital, a internação de Kauê foi a mais prolongada da pediatria que ela presenciou. Segundo ela, famílias com pacientes em longa permanência estabelecem vínculo ainda maior com a equipe do Serviço Social, médicos e demais funcionários.
 
“Entendemos que a atenção e o cuidado têm que ser integrais. Nosso papel é apoiar em todas as situações possíveis para minimizar o impacto social da hospitalização. Recentemente, recebemos esse pedido do batizado que não é tão comum e procuramos o padre”, relatou.
 
A dona de casa Rita de Cássia Pereira da Silva, mãe de Kauê, pensou que seria apenas uma bênção do sacerdote, mas ficou surpresa com a cerimônia. “Deram a opção do batizado completo. Eu disse que sim. Então o padre trouxe água e tudo. Pediram até para eu escolher os padrinhos. Teve roupinha comprada pela madrinha, tudo que teria dentro de uma igreja”, disse.
 
Moradora de Ipaussu, desde a internação do filho, ela tem se desdobrado entre os cuidados com a filha mais velha, de quatro anos, e o caçula, que depende de respiração artificial. Segundo Rita, Kauê nasceu como a maioria das crianças, mas, aos 3 meses, passou a conviver com uma doença neurológica e complicações respiratórias.
 
“O batismo significa uma proteção espiritual para a criança. É muito importante para nós. Fiquei emocionada com a possibilidade de batizar aqui no hospital porque, até agora, a Santa Casa tem sido uma casa para ele. O Kauê é muito forte e está melhorando muito. Estamos confiantes de que, em breve, vamos embora”, afirma.
 
O pároco, que também se emocionou com a celebração, relatou que, em 37 anos de sacerdócio, não havia feito e nem testemunhado um batismo completo dentro de um hospital. “Ficamos muito felizes por essa oportunidade. O importante é que a criança receba o sacramento e as bênçãos de Deus”, declarou.
 
 
JCNET.

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