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BRASILEIRO ENCONTRADO INCONSCIENTE NO MARROCOS MORRE
07/11/2019 - 10:58
Um dia antes de completar exatos três meses de seu retorno ao Brasil, o mecânico brasileiro Alexandre Luís Pereira, de 46 anos, que foi encontrado inconsciente em um hospital no Marrocos, morreu ontem (06/11), em Promissão (185 KM de Jaú), cidade do interior paulista onde morava.
Em uma postagem em suas redes sociais, Thaís Alves Pereira, filha de Alexandre e que mora em Bauru, informou a morte do pai e a realização do velório na cidade de Promissão, onde o corpo foi enterrado no fim da tarde de ontem (06/11). A causa da morte não foi informada pela família.
Thais chegou ao Brasil no dia 7 de agosto, por volta de 22h30, após 34 dias de espera e de angústia, primeiro pelo "sumiço" do pai durante um voo, e depois por sua internação em hospital do país africano.
De acordo com a família, Alexandre estava sumido desde o dia 4 de julho, quando embarcou em um voo de Portugal para o Brasil, mas deixou de mandar notícias e “desapareceu” após uma conexão em Casablanca, no Marrocos. Ele foi encontrado em um hospital, onde ficou internado com diagnóstico de lesão cerebral na Unidade de Terapia Intensiva.
Thaís, que foi ao Marrocos para buscar o pai, festejou o fato de retornar ao Brasil justamente na semana do Dia dos Pais. Ao G1, a filha do mecânico disse que a intervenção da embaixada brasileira foi fundamental para a volta dos dois.
No Brasil, o estado de saúde do mecânico continuou complicado. Duas semanas após o desembarque, também em sua página em uma rede social, Thaís classificou a saúde do pai como "desesperador" o fato de os médicos não chegarem a um diagnóstico.
O mecânico chegou a ser internado no Hospital de base de São José do Rio Preto para se consultar com um especialista em problemas hepáticos – até então a principal suspeita, inclusive de médicos marroquinos, era de algum problema no fígado. Ao G1, Thaís havia informado que essa suspeita era a mais defendida pelos médicos.
O caso
De acordo com a família, Alexandre estava sumido desde o dia 4 de julho, quando embarcou em um voo de Portugal para o Brasil, mas deixou de mandar notícias e "desapareceu" após uma conexão em Casablanca, no Marrocos.
Como a chegada estava prevista para o dia 5, os familiares de Alexandre foram até o Aeroporto de Cumbica, em Guarulhos, onde ele deveria desembarcar às 21h45, mas ele não estava no avião e também não deu notícias sobre seu paradeiro.
Alexandre estava há um ano e meio trabalhando como mecânico em Setúbal, Portugal, mas decidiu retornar ao Brasil.
A família então mobilizou as redes sociais para tentar encontrar o mecânico. Em menos de 24 horas, a postagem da filha teve quase mil compartilhamentos e mais de 500 comentários.
Após procurar o pai e fazer apelo na internet, Thaís Alves Pereira foi informada pela embaixada brasileira que Alexandre estava hospitalizado com lesão cerebral.
Segundo Thais, a mensagem enviada pela embaixada afirmava que houve visita no hospital universitário onde o pai estava internado. Afirmou ainda que na ocasião ele estava consciente, mas sonolento por causa da medicação.
Uma ressonância magnética escrita em francês apontou também que o brasileiro teve lesões no cérebro provavelmente de origem infecciosa.
Apesar do documento médico não ser conclusivo, a descrição dizia que podia se tratar de um caso de encefalite viral, que é um comprometimento do sistema nervoso central causado por um vírus.
Em nota, na época, a embaixada do Brasil em Rabat informou ao G1 que acompanhava o caso do brasileiro e estava em contato com as autoridades locais, assim como de seus familiares.
Depois de 13 dias internado com diagnóstico de lesão cerebral na Unidade de Terapia Intensiva (UTI), Alexandre recebeu alta e ia embarcar ao Brasil na sexta-feira (26). Contudo, precisou ser hospitalizado novamente por conta de um surto psicótico.
Ao G1, a filha contou que viajou para Casablanca e retornaria para o Brasil com o pai. Mas na noite de despedida na cidade marroquina, Alexandre sofreu um surto psicótico e precisou ser levado de volta ao hospital.
G1 BAURU E MARÍLIA.
Foto: Arquivo pessoal.
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