18/02/2013 - 10:39
Está previsto para começar hoje no Fórum da Barra Funda, na zona oeste de São Paulo, o julgamento de Gil Rugai, principal suspeito da morte de seu pai, o empresário Luiz Carlos Rugai, e da madrasta, Alessandra Troitino, 33.
O crime ocorreu em 28 de março de 2004, na casa onde morava a família, em Perdizes, zona oeste.
A expectativa da acusação é que o júri condene o ex-seminarista a uma pena de 30 anos de prisão.
O advogado da família de Alessandra, Ubirajara Mangini, teme que a defesa faça uma manobra para adiar o júri mais uma vez --advogados de Gil fizeram isso duas vezes, em dezembro de 2011 e março do ano passado.
Os atuais defensores, no entanto, afirmam que vão colaborar para que o julgamento ocorra na data prevista.
Mangini diz ter provas técnicas que colocam Gil Rugai "no local do crime".
Entre os documentos, estariam laudos mostrando que a marca de pé na porta era do jovem e objetos achados no quarto dele, como um estojo compatível com o formato da arma encontrada depois no prédio do escritório de Gil.
"Tenho certeza absoluta da culpa dele e estou seguro sobre a condenação", diz o advogado da família.
Para Mangini, o álibi preparado pela defesa mais confirma a culpa de Gil do que o inocenta. "Ele premeditou tudo para aparentar que teve um dia normal, mas fazendo coisas que não eram da rotina dele."
Gil era "indiferente" a Alessandra, de acordo com o advogado. "Ele não a maltratava nem brigava com ela, mas a ignorava."
Durante o julgamento, a acusação pretende reafirmar que Gil Rugai teve a ajuda de alguém para cometer o crime, mas não deve apontar suspeitos.
A tese é a de que seria difícil para o ex-seminarista cometer o crime e fugir da casa rápido sem o auxílio de uma segunda pessoa.
A acusação descarta que a motivação do crime possa ter sido o interesse dele na herança do casal, estimada em R$ 22 milhões em valores atualizados. "Ele matou os dois porque o pai descobriu um desvio de dinheiro da empresa", diz Mangini.
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