03/04/2013 - 09:22
A contagem regressiva para que a Associação Hospitalar Thereza Perlatti, de Jaú, deixe de atender pacientes do SUS já começou. Termina no dia 1º de maio, prazo dado pela direção da entidade para que se resolva a questão do repasse do governo estadual.
O hospital admite não ter mais como suportar os sucessivos déficits, que passaram de R$ 1,5 milhão em 2012.
O objetivo é tentar convencer as autoridades de que o hospital não pode fechar as portas, deixando sem atendimento pacientes de 68 cidades – hoje, são atendidos 290 pacientes em sistema de internação, além de outros 60 em programa aberto, o chamado Hospital Dia.
O hospital possui 350 funcionários e a maioria corre o risco de perder o emprego em caso de fechamento das portas para o sistema SUS.
A superintendente técnica do Thereza Perlatti, Susana Ragazzi Candido, considera que repercutiu muito bem o movimento e ajudou a mostrar a indignação sobre a situação do hospital.
Segundo ela, a manifestação desta terça-feira mostra que o hospital não está parado e que está empenhado em buscar uma solução.
A direção confia na melhora do repasse pelo SUS – e espera que isso se concretize -, mas já admite ter de entregar pacientes à Secretaria Estadual de Saúde para ela resolver o problema a partir de 1º de maio. Esse será o procedimento em caso de fechamento: devolução dos pacientes para o Estado.
O hospital tem folha mensal de pagamentos e encargos trabalhistas no valor de R$ 611.661,68. E recebe do governo do Estado por meio do repasse do SUS R$ 569.871,35. Isso posto, o déficit mensal médio é de R$ 41.790,33. O hospital atende a uma região de 68 municípios.
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