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EM BAURU, GAROTA DE 12 ANOS TENTA SE MATAR E ACUSADO DE ESTUPRO É PRESO
08/11/2016 - 09:42
Cabisbaixa, de olhos perdidos e abraçada à mãe. Na delegacia, esse era o comportamento de uma garota de 12 anos que tentou se matar na manhã de ontem, dentro da casa onde vivia com a família, no Parque das Nações, em Bauru. Ela denuncia que foi estuprada pelo ex-padrasto em, pelo menos, três ocasiões. À reportagem, o acusado confessou que passou as mãos nas partes íntimas da vítima e foi preso. Os nomes de todos os envolvidos não serão divulgados, com o intuito de preservar a menina, como prevê o Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA).
Conforme o JC apurou junto à família da adolescente, ela vivia com a mãe e duas irmãs - uma de 15 anos e outra de 7. Ontem, a garota e a irmã caçula foram até um projeto social, do qual participam. Como a irmã de 15 anos estava na escola e a mãe, no trabalho, a menina optou por voltar para casa sem sequer ter entrado no local. Lá, pegou uma corda, momento em que foi surpreendida por uma prima. Questionada sobre o motivo pelo qual segurava o objeto, a adolescente começou a chorar e disse que havia sido estuprada pelo ex-padrasto, um montador de 55 anos.
Apavorada, a vítima foi levada até a residência de parentes, na Vila Santista, de onde a Polícia Militar (PM) foi acionada. Segundo o cabo Hélio Duarte Júnior, da 1.ª Companhia, a corporação foi até o local de trabalho do ex-padrasto da garota, no Distrito Industrial 2, e o conduziu, algemado, até a Central de Polícia Judiciária (CPJ). "Ela estava desesperada e não parava de chorar, porque não queria que a família soubesse do estupro. A menina disse, ainda, que vinha sofrendo ameaças de morte por parte do acusado", relata Júnior.
O montador e a mãe da garota moraram juntos por aproximadamente dez anos e, há quatro meses, se separaram. Porém, o homem frequentava a casa onde viveu com a ex-esposa, uma vez que os dois têm uma filha de 7 anos. À família, a vítima teria alegado que o acusado a estuprou, pela última vez, na véspera de seu aniversário de 12 anos, ou seja, no dia 16 de setembro deste ano.
PERÍCIA
Acompanhada da polícia, de uma prima e do pai biológico, a adolescente foi encaminhada ao Pronto Atendimento Infantil (PAI), onde o médico legista realizou o exame de corpo de delito. Embora a vítima tenha dito que houve penetração, não foi constatado o rompimento de seu hímen.
Além disso, o Conselho Tutelar esteve na unidade de saúde e convocou a mãe da garota a comparecer na sede do órgão, na próxima quarta-feira. Em seguida, mãe e filha foram levadas à CPJ, onde prestaram depoimento.
De acordo com o delegado plantonista Roberto Cabral Medeiros, a adolescente disse que o acusado "colocou o 'pipi' e os dedos" dentro de sua genitália. "Quando vivia com a família, ele esperava que todos dormissem e entrava no quarto da menina", explica.
Já o montador relatou, ao delegado, que esfregou o pênis nas partes íntimas da vítima. Porém, negou que houve penetração. "Levando em consideração que o homem confessou o crime, a vítima possui déficit de atenção e ela tentou suicídio, representei pela prisão temporária do acusado", justifica.
SUSPEITA
Segundo Medeiros, o homem não tinha passagens pela polícia. Contudo, há uma suspeita de que ele tenha abusado de outra adolescente, fato que será investigado pela Delegacia de Defesa da Mulher (DDM), responsável pelo inquérito.
O delegado observa, ainda, que o crime está previsto no artigo 217 A, incluído ao Código Penal em 2009. "Ter conjunção carnal ou praticar outro ato libidinoso com menor de 14 anos se configura estupro de vulnerável", cita. A pena é de 8 a 15 anos de reclusão.
'Nunca percebi o monstro que ele era'
Quando soube da denúncia, a mãe da adolescente passou mal e foi encaminhada ao Pronto-Socorro Central (PSC). Já estabilizada, ela acompanhou a vítima até a delegacia, onde conversou com a reportagem.
Segundo ela, o acusado ajudou a criar a menina. "Quando nos casamos, ela tinha apenas 2 anos e o considerava um segundo pai. Nunca percebi o monstro que ele era", desabafa.
'Acariciei'
Cabisbaixa, de olhos perdidos e abraçada à mãe. Na delegacia, esse era o comportamento de uma garota de 12 anos que tentou se matar na manhã de ontem, dentro da casa onde vivia com a família, no Parque das Nações, em Bauru. Ela denuncia que foi estuprada pelo ex-padrasto em, pelo menos, três ocasiões. À reportagem, o acusado confessou que passou as mãos nas partes íntimas da vítima e foi preso. Os nomes dos envolvidos não serão divulgados, com o intuito de preservar a menina, como prevê o Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA).
Conforme o JC apurou junto à família da adolescente, ela, que foi diagnosticada com hiperatividade, vivia com a mãe e duas irmãs - uma de 15 anos e outra de 7. Ontem, a garota e a irmã caçula foram até um projeto social. Como a irmã de 15 anos estava na escola e a mãe, no trabalho, a menina optou por voltar para casa sem sequer ter entrado no local. Lá, pegou uma corda, momento em que foi surpreendida por uma prima. Questionada sobre o motivo pelo qual segurava o objeto, a adolescente começou a chorar e disse que havia sido estuprada pelo ex-padrasto, um montador de 55 anos.
Apavorada, a vítima foi levada até a casa de parentes, na Vila Santista, de onde a PM foi acionada. Segundo o cabo Hélio Duarte Júnior, da 1.ª Companhia, a corporação foi até o trabalho do ex-padrasto da garota, no Distrito Industrial 2, e o conduziu, algemado, até a Central de Polícia Judiciária (CPJ). "Ela estava desesperada e não parava de chorar, porque não queria que a família soubesse do estupro. A menina disse que vinha sofrendo ameaças de morte por parte do acusado", relata o policial.
O montador e a mãe da garota moraram juntos por cerca de dez anos e, há quatro meses, se separaram. Porém, o homem frequentava a casa onde viveu com a ex-esposa, uma vez que os dois têm uma filha de 7 anos. À família, a vítima teria alegado que o acusado a estuprou, pela última vez, no dia 16 de setembro, quando ela ainda tinha 11 anos.
EXAMES E CONFISSÃO
Acompanhada da polícia, de uma prima e do pai biológico, a adolescente foi encaminhada ao Pronto Atendimento Infantil (PAI), onde o médico legista realizou o exame de corpo de delito. Embora a vítima tenha dito que houve penetração, não foi constatado o rompimento de seu hímen.
Além disso, o Conselho Tutelar esteve na unidade de saúde e convocou a mãe da garota a comparecer na sede do órgão, na próxima quarta-feira. Em seguida, mãe e filha foram levadas à CPJ, onde prestaram depoimento.
De acordo com o delegado plantonista Roberto Cabral Medeiros, a adolescente disse que o acusado "colocou o 'pipi' e os dedos" dentro de sua genitália. "Quando vivia com a família, ele esperava que todos dormissem e entrava no quarto da menina", explica.
Já o montador relatou, ao delegado, que esfregou o pênis nas partes íntimas da vítima. Porém, negou que houve penetração. "Levando em consideração que o homem confessou o crime, a vítima possui déficit de atenção e ela tentou suicídio, representei pela prisão temporária do acusado".
OUTRA VÍTIMA?
Segundo Medeiros, o homem não tinha passagens, contudo, surgiu a suspeita de que ele tenha abusado de outra adolescente, fato que será investigado pela Delegacia de Defesa da Mulher (DDM).
O delegado observa, ainda, que o crime é previsto no artigo 217 A, incluído ao Código Penal em 2009. "Ter conjunção carnal ou praticar outro ato libidinoso com menor de 14 anos é estupro de vulnerável". A pena é de 8 a 15 anos de reclusão.
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