Exumação tentará explicar morte de ex-Presidente Jango

13/11/2013 - 09:56

 Passados quase 37 anos, peritos afirmam que será possível determinar as causas da morte do ex-presidente João Goulart, o Jango. A exumação dos restos mortais do político deposto no golpe militar de 1964 e morto durante o exílio em 1976 será realizada hoje em São Borja, na Fronteira Oeste do Rio Grande do Sul.

 

Para garantir a segurança, uma operação foi montada na região do cemitério com policiais militares e agentes da Defesa Civil para qualquer apoio necessário. A rua está bloqueada e o acesso é restrito.

 

 

Os peritos, quatro brasileiros da Polícia Federal, além de especialistas do Uruguai, da Argentina e do Comitê Internacional da Cruz Vermelha, chegaram por volta das 6h45 para o processo de exumação. O neto João Marcelo também chegou antes das 7 horas da manhã.

Com roupas especiais para o procedimento, os peritos farão o trabalho na área isolada por uma estrutura metálica e por lonas.

 

 

O ex-presidente foi sepultado no jazigo da família Goulart, onde já foram enterradas nove pessoas, entre elas o ex-governador do Rio Grande do Sul e do Rio de Janeiro, Leonel Brizola, cunhado de Jango.

 

 

O objetivo do procedimento é esclarecer se Jango morreu de ataque cardíaco, como consta na documentação oficial, ou se foi assassinado por envenenamento.

 

 

Nos últimos anos, surgiram evidências de que o ex-presidente pode ter sido mais uma vítima da Operação Condor, a aliança entre as ditaduras do Cone Sul para eliminar opositores além das fronteiras nacionais.

 

 

A retirada dos restos mortais do túmulo será não tem hora para acabar. O perito da Polícia Federal que coordena a exumação, Amaury de Souza Júnior, diz que o tempo de trabalho vai depender das condições em que se encontram o caixão e os restos mortais de Jango, mas acredita que a análise pode apresentar resultados, mesmo após tantos anos.

 

Via G1

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