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FELIPE ARAÚJO FALA DE COMPARAÇÕES COM IRMÃO CRISTIANO: 'NUNCA GOSTEI DE ME APROVEITAR DA HISTÓRIA'
10/05/2017 - 17:45
Foi ainda no luto da perda do irmão, Cristiano Araújo, morto em 2015, que Felipe Araújo iniciou sua carreira. “Muitas pessoas que tinham muito carinho por ele, direto chegam nos meus shows e falam que passaram a acompanhar minha carreira.
Algumas relacionaram uma coisa com a outra. Mas eu, Felipe, tento desvincular o máximo possível”, conta ao G1 o sertanejo.
“Nunca gostei de me aproveitar da história do meu irmão, sempre pedi para todo mundo pra gente fazer nosso trabalho focado em mim e sem pensar nisso. Mas é natural que as pessoas comparem. Com o tempo, isso vai acabando”, diz Felipe.
Felipe está com um ano e meio de estrada, dois EPs lançados (“Com Você”, em 2015, e “Chave Cópia”, em 2017) e um DVD (“1 dois 3 – Ao Vivo em Goiânia”) gravado com diversas participações especiais. “É quase um Show da Virada”, brinca ele. No palco, Felipe contou com Zezé Di Camargo e Luciano, Leonardo, Henrique e Juliano, Jorge e Mateus, Simone e Simaria, além do pai, João Reis. “Cada um que está ali é por um motivo especial, que é a amizade”, explica.
Músicas de trabalho
O DVD tem músicas como “Chave cópia”, com Jorge e Mateus, e “A Mala é Falsa”, em parceria com Henrique e Juliano. “Gostei dessa desde a primeira vez que ouvi. Sempre achei que fosse a que fosse fazer mais barulho", entrega.
Nenhuma das duas é composição própria, mas Felipe tem dezenas de músicas em seu nome. Algumas delas, pensadas para entregar para outros artistas. “Antigamente, compunha pensando em mandar para os outros. Hoje, estou pensando mais em mim. Porque carreira é complicado. A gente perde um pouquinho do 'time' e o compositor vai e passa para outro artista e a música vai lá e estoura. Então a gente tem que trabalhar muito focado na gente.”
Parceiro nas composições
Felipe tem parceria constante com o compositor Celi Junior. “Temos as mesmas ideias. Acredito muito nas loucuras dele, ele nas minhas. Graças a Deus, saiu muita moda boa.” Entre elas está “Perdeu o Cara Errado”, que Cristiano gravou em seu último DVD e que Felipe regravou. A música é baseada em uma história vivida pelo cantor aos 18 anos.
Apesar de ter só 21 anos, ele garante que tem história de vida suficiente contar em suas letras. “Já vivemos muita coisa, tem muita mulher maldosa nessa vida aí", diz rindo. "Mas a gente se inspira nos outros também e pensa em situações que as pessoas vão se identificar.”
Comparações
Felipe conta que, desde o início, sabia que as comparações com o irmão iriam acontecer. E faz um balanço de cada uma que recebeu. “As positivas, eu adquiri para mim, mesmo que fossem críticas. Pegava tudo. As negativas, de gente que só quer falar maldade mesmo, eu nunca me preocupei. Nunca me afetou”, explica o sertanejo.
Ele conta que tem uma lista de internautas bloqueados em seu Instagram. Ele prefere isso a bater boca na rede social. “Acho feio demais. Tem grandes artistas que estão aí, que não precisam provar nada para ninguém, e qualquer coisinha que botam lá eles batem boca. Parece que esquecem tudo o que já fizeram pela música e se rebaixam para conversar com esse tipo de gente”, analisa.
Assim que iniciou os planos de carreira solo, Felipe começou um projeto de preparação, não apenas musical, mas também física. Na época, chegou a perder 12 quilos com dieta e exercícios. Hoje, o cantor abandonou a rotina regrada. “Nos shows, saio pingando de suor”, conta. Questionado se no sertanejo existem casos em que os cuidados com o físico superam qualidades artísticas, responde com cautela: “Ah... não gosto muito de falar sobre isso, mas com certeza tem.”
Fonte: G1
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