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FUNCIONÁRIAS SÃO AFASTADAS DE CRECHE APÓS AGRESSÃO
11/07/2017 - 09:41
A conduta de duas funcionárias de uma creche municipal de Itatinga, região de Botucatu, está sendo investigada pela Polícia Civil e prefeitura. Em um vídeo divulgado na rede social Facebook, elas são flagradas arremessando colchões em crianças, agredindo e puxando o cabelo delas e segurando uma menina para que um menino a beije. As servidoras foram afastadas das suas funções e, desde então, não comparecem ao trabalho.
O delegado Lourenço Talamonte Neto, assistente da Delegacia Seccional de Botucatu, conta que, na sexta-feira, a mãe de uma menina de três anos que frequenta a creche procurou a delegacia para registrar um Boletim de Ocorrência sobre supostos maus-tratos praticados por duas funcionárias.
"A criança fez um comentário que essas duas atendentes estavam obrigando uma menininha a beijar outra e cometendo maus-tratos", diz. "Aí a mãe obteve junto à prefeitura filmagens do monitoramento interno da creche". Segundo ele, a imagem divulgada na Internet foi gravada na quarta-feira.
Talamonte Neto explica que um inquérito foi instaurado para apurar eventuais crimes de maus-tratos e corrupção de menores. "Também temos que verificar crimes previstos no Estatuto da Criança e do Adolescente", declara. Ontem, até as 17h, outros 18 pais tinham registrado BO em Itatinga.
"É um crime gravíssimo", define o delegado assistente. "Está envolvendo crianças de três anos. Isso afeta a criança psicologicamente, às vezes, pelo resto da vida. Elas vão ter que passar por um tratamento psicológico para que isso não deixe nenhuma sequela".
'CHOCANTES'
A diretora de Educação e Cultura de Itatinga, Maria Lígia Iosué Barnabé, descreveu sua primeira sensação ao assistir o vídeo dos maus-tratos. "São imagens chocantes", lamenta.
Ela conta que, na sexta-feira à tarde, as funcionárias foram transferidas para outro setor, sem contato com crianças. "E instauramos sindicância administrativa", afirma. Desde então, elas não comparecem ao trabalho. "A gente não sabe nada delas", diz.
A diretora informou que as servidoras foram contratadas como auxiliares de serviços gerais e admitiu que estavam em desvio de função. "Há muitos anos, como temos falta de pajem, elas estão exercendo essa função", revela.
Além de pedir ao Facebook para que o vídeo seja retirado do ar, a prefeitura garantiu que irá oferecer acompanhamento psicológico para as crianças e palestras de orientação para os pais.
JCNET.
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