MANIFESTAÇÃO PEDE FIM DA VIOLÊNCIA CONTRA MULHER EM PEDERNEIRAS

16/11/2016 - 10:08

Neste 15 de novembro, centenas de pessoas prometem sair às ruas em Pederneiras para pedir o fim da violência contra as mulheres. O ato, intitulado "Nem uma a menos", passou a ser organizado depois que uma pedagoga de 44 anos foi agredida pelo companheiro, um oficial de justiça de 46 anos, no final de outubro. Recentemente, duas mulheres da cidade foram vítimas de violência física.

 
A empresária Aline Veroneze, uma das organizadoras, conta que o grupo irá se concentrar em frente ao Confiança Supermercados, às 9h30, e seguir até a Igreja da Matriz. Até ontem, 1.600 pessoas já haviam confirmado presença. "Vamos levar faixas e buzinas", diz. "A gente pede para que as pessoas, se possível, usem peças de roupa brancas porque a intenção é pedir paz. A gente não aguenta mais sofrer agressão todos os dias".
 
Aline revela que já foi agredida verbalmente por homens. "Na realidade, não conheço uma mulher que não tenha sofrido algum tipo de abuso, seja verbal, seja físico", declara. Segundo ela, o "gatilho" para a mobilização foi o caso recente envolvendo uma pedagoga que foi agredida pelo companheiro, um oficial de Justiça. Na ocasião, a juíza da cidade decretou a prisão preventiva dele, que foi revogada sete dias depois pelo Tribunal de Justiça (TJ).
 
Para a empresária, agressores só serão punidos quando as mulheres perderem o medo de denunciar. "Quanto mais a gente falar sobre o assunto, mais mulheres se sentirão seguras para tomar uma providência", afirma. O nome "Nem uma a menos", segundo ela, faz referência a movimento que teve início após a morte brutal de adolescente argentina de 16 anos. Por meio dele, mulheres da América Latina lutam pelo fim da violência contra as mulheres.
 
Em uma semana, duas tentativas de feminicídio foram registradas em Pederneiras. No dia 10, pedreiro de 41 anos foi preso após ameaçar e enforcar a ex-mulher, de 32 anos. No sábado (12), mulher de 44 anos foi agredida com golpes de facão pelo ex-companheiro, que está foragido.
 
 
JCNET.

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