16/11/2016 - 16:36
Entre 60 e 80 manifestantes invadiram o Plenário da Câmara na tarde desta quarta-feira (16/11) pedindo participação do povo na política brasileira. O grupo é de extrema direita e pede por intervenção militar. Houve tumulto e confusão entre policiais legislativos e manifestantes, que afirmaram que só sairão do local se o Exército for retirá-los.
Entre os gritos do grupo estão: "Nossa bandeira jamais será vermelha!" e "Viva Sérgio Moro! General Já!". Um dos manifestantes, Jeferson Alves, empresário da Construção Civil, defendeu o fechamento do Congresso Nacional. "Isso aqui deve ser fechado e todos os políticos envolvidos em robalheira devem ser presos imediatamente", afirmou. Jeferson negou ainda que o movimento tenha por trás de si um partido político: "Está na Constituição: todo poder emana do povo. E é povo qie está aqui querendo acabar com essa bandalheira".
Enquanto os manifestantes permaneciam no Plenário, Jeferson e outro homem, identificado como Antônio Francisco, davam entrevistas no Salão Verde da Câmara afirmando que faziam parte do protesto de terça (15/11) em frente ao Congresso e que "espontaneamente" decidiram invadir hoje o Legilsativo.
No local, um grupo de representantes do Sindicato dos Vigilantes, que aguardava a votação de um projeto que estabelecia o piso nacional da categoria, xingou os dois chamando-os de "facistas, golpistas e racistas".
O primeiro secretário geral da Câmara, Beto Mansur (PRP-SP), e o deputado Lincon Portela (PRB-MG), negociam com os manifestantes. O vice-líder do governo na Casa, Darcísio Perondi (PMDB-RS), comentou sobre a pauta do grupo e afirmou que talvez "seja necessário usar a força". "Eles leram uma pauta extensa que vai desde o fim das aposentadorias milionárias de juízes e parlamentares, o fim da corrupção e uma intervenção militar já. É um grupo radical de direita, o que é lamentável, pois eu já vivi a ditadura militar e defendo o valor da democracia".
O protesto ocorreu na fase de pronunciamento dos parlamentares durante sessão presidida pelo deputado Waldir Maranhão (PP). O grupo entrou no Plenário pelo Salão Verde da Câmara e foi direto para a parte superior onde fica a mesa diretora dos trabalhos. A porta de vidro do local foi quebrada. O presidente decidiu suspender a sessão, que havia começado às 14h.
Fonte: Correio Brasiliense
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