30/11/2015 - 10:23
Um ato contra o fechamento de escolas no estado de São Paulo, em protesto contra a reorganização proposta pelo governo e em apoio às ocupações de escolas por estudantes, ocupou as ruas da capital paulista na tarde de hoje. Os manifestantes se concentraram no vão do Museu de Arte de São Paulo (Masp), na Avenida Paulista, de onde saíram em caminhada até a Secretaria da Educação, na Praça da República, no centro.
Segundo a Secretaria da Educação do Estado de São Paulo, hoje 190 escolas estão ocupadas por alunos. No último sábado (21), de acordo com o órgão, eram 74. Pelos números do Sindicato dos Professores do Ensino Oficial do Estado de São Paulo (Apeoesp) são 194 escolas ocupadas.
Antes da passeata começar, os professores fizeram uma assembleia em que definiram a realização de um debate nos próximos dias para discutir uma greve geral. Uma nova assembleia foi marcada para a próxima sexta-feira (4). A presidenta da Apeoesp, Maria Izabel Noronha, voltou a criticar o projeto de reorganização do ensino do governo estadual.
“Para os professores, vai significar redução de jornada. Para os pais, vai significar uma quebra de logística, porque colocavam seus filhos em uma mesma escola para irem juntos. Fora a superlotação de salas de aula”, disse Maria Izabel. Ela afirmou ainda que redução de jornada resultaria em diminuição salarial.
O projeto da Secretaria de Educação do estado prevê o fechamento de 94 escolas e a transferência de cerca de 311 mil alunos para instituições de ensino da região onde moram, já a partir do início do próximo ano. O objetivo da reorganização, segundo o governo, é segmentar as unidades em três grupos (anos iniciais e finais dos ensinos fundamental e médio), conforme o ciclo escolar. De acordo com o órgão, a segmentação melhora o rendimento dos alunos.
A secretaria informa ainda que não haverá diminuição na jornada de trabalho dos professores e será mantida a atual média de alunos por sala. Hoje, a média estipulada pelo órgão é de 30 alunos para salas do 1º ao 5º ano; 35 alunos, do 6º ao 9º; e no ensino médio, 40 alunos. Segundo a secretaria, antes da reorganização, existiam escolas que funcionavam com 20% de sua capacidade total de alunos e estavam, portanto, ociosas.
Fonte - Agência Brasil
Imagem - Reprodução Internet
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