08/09/2022 - 11:41
Morreu o cachorro-do mato, também conhecido como cachorro-vinagre, espécie raríssima e ameaçada de extinção que havia sido resgatado pela Secretaria de Proteção e Direito dos Animais da Prefeitura de Jaú no dia 18 de agosto, nas proximidades da Venda Seca. Ele apresentou queimaduras de 3º graus em vários pontos do corpo. A suspeita é que ele tenha sofrido com chamas de queimadas em uma mata próximo à área urbana.
De acordo com o veterinário Vinícius Camargo Fração, responsável pelo atendimento, na internação as feridas foram limpas e o bicho recebeu analgésicos e soro, mas uma possível infecção generalizada levou o animal ao óbito no dia 28 de agosto. A informação vou divulgada nesta quinta-feira (08).
Segundo a Prefeitura, a situação das queimadas nesta época do ano piora com o hábito de alguns moradores que colocam fogo em quintais e terrenos. Com isso, as chamas se alastram até atingirem matas nas proximidades da cidade, colocando em risco várias espécies silvestres.
"A morte dele representa uma perda importante para a fauna brasileira. Com a continuação desses acontecimentos, o ecossistema pode vir a se desequilibrar, uma vez que esse animal é fundamental no controle de pequenos roedores e outros animais. Além disso, ficamos tristes por não termos conseguido devolvê-lo à natureza", diz o veterinário.
O animal é espécie classificada como "quase ameaçada de extinção" pela União Internacional de Conservação da Natureza (IUCN) e como "vulnerável" pelo Ministério do Meio Ambiente (MMA) do Brasil. É nativo das Américas Central e Sul e considerado parente próximo do lobo-guará e da raposa-do-campo. De acordo com uma publicação do Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio), geralmente vive em grupos de dois a 12 indivíduos.
Os adultos chegam a medir entre 57 e 75 centímetros de comprimento e pesam, em média, de cinco a oito quilos. Suas pernas são curtas, assim como o focinho. As orelhas são relativamente pequenas, e o animal conta com garras afiadas, maiores do que as de cães domésticos do mesmo porte. Aparições entre humanos são extremamente raras.
Com informações G1
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