MULHER É PRESA SUSPEITA DE ENVOLVIMENTO NA MORTE DO FILHO DE 7 MESES

03/04/2019 - 09:21

Uma mulher de 29 anos foi presa temporariamente a pedido da Polícia Civil de Barra Bonita suspeita de envolvimento na morte do próprio filho, de sete meses. O laudo do exame necroscópico realizado pelo Instituto Médico Legal (IML) revelou que o bebê tinha lesão na coluna cervical causada por compressão e morreu em decorrência de asfixia mecânica (sufocamento) provocada por um agente externo.

O fato ocorreu no último dia 17, no bairro Cohab, mas só foi divulgado nessa terça-feira (2) pela polícia. De acordo com o delegado Rodrigo Berbert Pereira, responsável pelas investigações, a mulher - que não teve a identidade divulgada pelo fato de o caso ainda estar sob apuração - acionou a Polícia Militar (PM) de manhã e contou que amamentou o filho por volta das 6h e, ao acordar, por volta das 9h, encontrou ele gelado.
 
O bebê foi conduzido ao Pronto-Socorro (PS) do Hospital São José, onde a equipe médica tentou reanimá-lo durante alguns minutos, mas sem sucesso. Durante o atendimento, segundo o delegado, um médico encontrou indícios de uma possível morte criminosa e acionou a Polícia Civil, que detectou contradições nas informações prestadas pela mãe e requisitou ao IML a realização de exame necroscópico.
 
"O laudo, infelizmente, veio com a constatação de lesões por compressão na cervical e asfixia mecânica como causa da morte", diz. O exame também apontou que o bebê já estava morto há bastante tempo. "Foram levantadas informações, ouvidas testemunhas, o médico que atendeu a ocorrência, o que fez a necrópsia, analisados laudos. E todos esses dados foram relevantes para determinar que a ocorrência não foi natural".
 
INQUÉRITO
 
A partir das evidências, um inquérito policial foi instaurado para apurar eventual homicídio. "A lei fala que a omissão dos garantidores, no caso, a genitora, ainda mais se tratando de uma criança de sete meses, é relevante e que eles responderiam pelo resultado. Foi pedida temporária dela por trinta dias, prorrogados por mais trinta, por ser um crime hediondo, para ser apurado com mais exatidão quem estava na casa, quem não estava e as circunstâncias dos fatos", explica Pereira.
 
De acordo com ele, algumas testemunhas narram que a mãe não estaria no imóvel no horário provável da morte do bebê. O delegado ressalta, contudo, que, até o momento, nenhuma outra pessoa, além dela, figura como suspeita do crime. "Ela é uma garantidora que pode ter deixado uma criança de sete meses na casa dela e as versões dela são contraditórias e não revelam uma preocupação de uma mãe de um bebê, que exige cuidados maiores", afirma.
 
Pereira pede para que a população entre em contato com a delegacia de Barra Bonita pelo telefone (14) 3641-0066 ou pelo 197 para fornecer qualquer informação que possa ajudar nas investigações.
 
JCNET.

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