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PAIS DE MENINA ASSASSINADA NÃO OUVIRAM ORDEM DE PARADA DOS ASSALTANTES POR CAUSA DO SOM ALTO
07/02/2018 - 11:12
Os pais da menina Emilly Sofia Neves Marriel, de 3 anos, morta durante uma tentativa de assalto em Anchieta, Zona Norte do Rio, na madrugada desta terça-feira, Uesley Neves Lima, de 36 anos, e Maria Auxiliadora Silva Marriel, de 21, não ouviram a ordem de parada dos criminosos porque estavam com o som do carro em alto volume, além dos vidros fechados. A informação é da Delegacia de Homicídios da Capital (DH), que investiga o caso. O veículo da família foi atingido por 12 disparos, e Uesley e Maria também acabaram baleados na ação.
Ainda de acordo com a especializada, há fortes indícios de que o bando responsável pelo crime, composto por cinco ou seis homens fortemente armados, praticou um roubo a caixa eletrônico em Nilópolis, na Baixada Fluminense, minutos antes de abordar o carro da família. O carro inicialmente utilizado pelos ladrões, abandonado em seguida, era roubado e clonado. Dentro dele, a polícia encontrou um estojo de fuzil e uma granada.
— Estamos prosseguindo para confirmar e identificar os autores do homicídio da Emily, que podem certamente ser os responsáveis por esse outro crime, que aconteceu a poucos metros dali — afirmou Fábio Cardoso.
Após emparelhar com o veículo da família e abrir fogo contra ele, os bandidos roubaram um segundo automóvel pouco adiante, no qual empreenderam fuga. Equipes da DH tentam localizar imagens de câmeras perto do banco explodido, que fica na Avenida Getúlio de Moura, e também do local onde os pais de Emily foram rendidos, a Rua Cardoso de Castro.
Maria Auxiliadora já foi ouvida pelos agentes da DH. Ela saiu do Hospital municipal Albert Schweitzer, em Realengo, na Zona Oeste da capital, à revelia dos médicos. Já Uesley, que levou um tiro nas costas, passou por cirurgia e está em estado de saúde estável.
O veículo da família foi atingido por 12 disparos O veículo da família foi atingido por 12 disparos Foto: Carolina Heringer
Uesley, Maria Auxiliadora e Emily estavam no Gol preto da família e haviam acabado de deixar uma lanchonete, por volta das 2h30, quando bandidos armados com fuzis anunciaram o roubo. No interior do carro, que foi periciado na DH, ainda é possível ver embalagens para viagem do estabelecimento do qual a família acabara de sair. Emily chegou a ser levada para a Unidade de Pronto Atendimento (UPA) de Ricardo de Albuquerque, também na Zona Norte do Rio, mas não resistiu.
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