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POLÍCIA CIVIL DE BAURU ALERTA SOBRE NOVO GOLPE
13/12/2017 - 10:21
O anúncio recente de acordo judicial entre bancos e poupadores prejudicados pelos planos Bresser, Verão e Collor 1 e 2 deu "start" aos estelionatários de plantão. Aproveitando-se do assunto em alta no País todo, eles têm se passado por advogados para angariar dinheiro de pessoas que possuem ou não ações na Justiça relativas a esses planos.
O alerta chega a Bauru e é reforçado pelo delegado Richard Serrano, do Setor de Investigações Gerais da Central de Polícia Judiciária, e pelo advogado especialista em direito bancário Braz Shahateet.
"É um golpe antigo, mas registramos um caso recente, embora não haja uma frequência significativa. A pessoa quase sempre chega com uma carta falsa em mãos na delegacia dizendo ter sido informada ter dinheiro a receber, em virtude dos planos econômicos. Geralmente, são pessoas que participaram ação coletiva ou que nem sequer entraram com a ação", comenta Serrano.
DE FORA DE BAURU
A carta, com selos falsos de cartório, é enviada a esmo por estelionatários de fora da cidade e as vítimas são orientadas a ligarem em um número.
Do outro lado da linha, o estelionatário consegue convencer que há valores a serem resgatados e a pessoa acaba fornecendo dados pessoais. Na sequência, o bandido informa que há necessidade do pagamento de taxas de honorários advocatícios e custas processuais para a liberação do dinheiro oriundo da indenização do plano. A conta, no entanto, é de uma pessoa física.
"O golpista nunca é de Bauru, descobrimos pelo número da conta bancária, que quase sempre é de outro estado. O que faz com que a investigação seja transferida para o local destino do depósito, e aí foge da nossa esfera", detalha o delegado.
ACORDO EM ANDAMENTO
Braz Shahateet alerta que o acordo entre a Advocacia-Geral da União, a Frente Brasileira dos Poupadores (Febrapo) e a Federação Brasileira de Bancos (Febraban) está em andamento. "Quem tem ações deve procurar o advogado que ingressou com o processo. Como o acordo ainda não foi finalizado, não sabemos como vai ser a forma oficial de contato com os autores das ações", pontua o advogado.
"O melhor a fazer, para não cair nos golpes, é consultar o andamento do processo nos sites da Justiça. Dá para ter acesso digitando apenas nome e CPF", ressalta Braz.
As ações respectivas à Caixa Econômica Federal transcorrem pelo Tribunal Regional Federal da 3.ª Região e as referentes a demais bancos podem ser consultadas no site do Tribunal de Justiça de São Paulo.
JCNET.
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