04/03/2013 - 10:42
Após semanas de investigação, a Polícia Civil de Pederneiras (26 quilômetros de Bauru) prendeu em flagrante um homem de 30 anos que comercializava de forma clandestina anabolizantes em academias da cidade e pela Internet, entre eles medicamentos de uso animal. Alguns deles, originários do Paraguai, têm a venda proibida no Brasil. Com ele, foram apreendidos mais de 100 frascos de diversos medicamentos do tipo.
Durante cerca de 20 dias, policiais civis monitoraram os passos do suspeito E.B.M., inclusive por meio da Internet. Na sua página em uma conhecida rede social, ele divulgava seu ‘trabalho’ e convencia ‘clientes’ a adquirirem seus produtos por meio de frases como “treinar sem nada pouco adianta, pois quem cresce natural é planta”.
“Oportuno salientar que, em uma das conversas na rede social, um de seus clientes faz menção aos produtos fornecidos pelo investigado, que sua reputação era boa e que não precisavam ficar aflitos, pois E.B.M. não iria dar calote”, conta o delegado titular de Pederneiras, Eduardo Herrera dos Santos.
Ao receber informação de que E.B.M. receberia uma encomenda, provavelmente de anabolizantes, a Polícia Civil passou a monitorá-lo. Anteontem de manhã, ele retirou duas caixas na agência dos Correios e, no início da tarde, recebeu uma nova encomenda em sua residência, no bairro Pederneiras II.
No final da tarde, os policiais civis abordaram o suspeito e encontraram com ele uma caixa de testosterona e uma de anabolizante. De posse de mandado de busca e apreensão, a equipe encontrou na casa dele mais de 100 frascos de medicamentos, entre hormônios e anabolizantes, alguns originários do Paraguai e de uso animal.
No imóvel, foram apreendidos ainda seringas, agulhas, algodão, embalagens para medicamentos, cadernetas com anotações sobre as vendas, calculadora, fitas adesivas, boletos bancários, comprovantes de postagens dos Correios e uma CPU, que passará por perícia no Instituto de Criminalística (IC).
Sob o colchão do quarto, a polícia localizou grande quantidade de adesivos contendo o logotipo de medicamentos anabolizantes que seriam anexados em embalagens para posterior venda. Segundo Santos, os produtos do Paraguai, por não possuírem registro nacional, têm a venda proibida no Brasil.
Após prestar depoimento na delegacia, E.B.M. foi conduzido ao Centro de Detenção Provisória (CDP) de Bauru. De acordo com o delegado, ele vai responder por vender produtos destinados a fins terapêuticos ou medicinais sem registro no órgão de vigilância sanitária competente ou de procedência ignorada. A pena, em caso de condenação, varia de 10 a 15 anos de reclusão.
Clique aqui para ver outras notícias!