03/04/2014 - 11:00
Após seis meses de investigações, que tiveram origem a partir da morte do agente Fábio Ricardo Paiva Luciano, em Bocaina, a Polícia Federal conseguiu identificar integrantes de organização criminosa que tinha ramificações em vários estados do País e no Paraguai.
No total, 24 pessoas foram presas. Outras seis estão sendo procuradas. O grupo teve bens apreendidos e contas bloqueadas. Entre os detidos estão empresário, advogado e um homem preso no ano passado, em Bauru, com 500 mil dólares escondidos dentro de caminhonete Hilux.
Ontem, o delegado-chefe da PF em Bauru, Carlos Alberto Fazzio Costa, convocou uma entrevista coletiva para apresentar os resultados da operação, batizada de “Paiva Luz” em homenagem ao agente morto em 25 de setembro de 2013.
Nos últimos seis meses, segundo Costa, agentes da unidade, coordenados pelo delegado Ênio Bianospino, montaram base na Capital para integrar informações relativas à organização criminosa vindas de várias fontes policiais.
Bianospino explicou que, a partir desse trabalho de inteligência, a PF identificou diversas pessoas que participaram direta ou indiretamente da troca de tiros com os agentes em Bocaina. Os mandados de busca e de prisão foram expedidos pela Justiça Federal de Jaú.
De acordo com o delegado, o paraguaio José Luis Bogado Quevedo, que está sendo procurado, é o fornecedor da droga e o proprietário do avião incendiado em Bocaina.
O “líder” do grupo seria Adriano Aparecido Mena Lugo, preso nesta quarta-feira, que mora em Ponta Porã e representa o traficante no Brasil, intermediando a venda do entorpecente. Vágner Maidana, cunhado de Adriano, é apontado como “sócio” e “braço direito” dele nas transações em território nacional.
O piloto da aeronave preso em 25 de setembro é Evandro dos Santos. Alex Chervenhak foi identificado como o comprador de Campinas. Ele e Maicon de Oliveira Rocha, segurança de solo que trocou tiros com agentes em Bocaina, estão foragidos.
Outros dois seguranças de solo identificados são Marcos da Silva Soares e Adriano Martins Castro, que também trocaram tiros com a PF e foram presos em flagrante. O último tinha a função de checar a segurança da pista de pouso.
Segundo Bianospino, Natalin de Freitas Junior recrutava os criminosos para fazer o apoio de solo, trabalho que era liderado por Márcio dos Santos. Os dois também estão presos. Os trabalhos prosseguem para tentar identificar quem foi o autor do disparo que resultou na morte de Luciano.
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