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PREFEITURA RETOMA AEROCLUBE
09/03/2018 - 12:50
O prédio do Aeroclube de Jaú foi oficialmente reintegrado ao patrimônio do Município ontem. O imóvel localizado no cruzamento das Ruas Conde do Pinhal e Edgard Ferraz foi objeto de uma longa disputa judicial entre o poder público e os membros da associação que gerenciavam a propriedade.
O prefeito Rafael Agostini disse ontem que, de início, o espaço servirá prioritariamente para sediar atrações culturais. Desde 2016, Jaú está sem uma casa de espetáculos, por causa da interdição do Teatro Municipal Elza Muneratto – que está sem as licenças do Corpo de Bombeiros.
“É um equipamento importante para a memória do jauense e que vem em uma hora muito boa. Dá ao Município a possibilidade de utilizá-lo em um primeiro momento para eventos culturais e artísticos”, explica.
A secretária de Cultura e Turismo, Cléo Furquim, argumenta que o imóvel não soluciona de maneira definitiva a ausência de um teatro, mas cria uma alternativa para a recepção de determinados espetáculos. A administração estuda, em um segundo passo, a reforma total do imóvel para viabilizá-lo como teatro. “Não vai suprir a necessidade de um teatro, mas fará as vezes de um neste momento”, indica.
Impasse
A história do Aeroclube remonta ao fim da década de 40. Na ocasião, a Prefeitura abriu concorrência para interessados em construir no local um salão para bailes e festas em geral. A administração chegou a dar usufruto gratuito à associação pelo período de 90 anos, sob a condição de que os usufrutuários deveriam fazer duas quadras de tênis municipais, feitas ao lado do clube.
O espaço se tornou um dos mais conhecidos salões de baile e outras festividades da cidade.
Em 1980, a gestão do prédio foi convertida em concessão – que vigorou por 30 anos. Em 2001, o ex-prefeito João Sanzovo Neto revogou a concessão, alegando que o Aero deixou de prestar serviços de interesse público.
Foi no ano seguinte que a disputa judicial começou, com sucessivas decisões favoráveis ao Município no sentido de conceder a reintegração de posse do prédio.
Neste ínterim, o Aero sediou shows esporádicos, feiras de roupas, artesanato e flores e até apuração de eleições.
Vários destinos já foram sugeridos para o prédio após a reintegração: demolição, para concretização do Parque Linear do Rio Jaú, centralização de secretarias municipais e até a nova sede da Câmara.
FONTE: COMÉRCIO DO JAHU.
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