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QUADRILHA USOU INFORMAÇÕES PRIVILEGIADAS PARA ASSALTAR BANCO EM BAURU
09/01/2018 - 09:32
A Força Tática da Polícia Militar prendeu, ontem (8), parte do bando acusado de assaltar o departamento financeiro de um posto de combustíveis e lojas de conveniência, em Bauru. Os criminosos, que agiram com informações privilegiadas e usando um simulacro de arma de fogo, levaram aproximadamente R$ 70 mil em dinheiro. Quase R$ 40 mil foram recuperados pelos policiais.
O crime ocorreu por volta de 5h30 da última sexta-feira (5), no estabelecimento que fica na rua Luís Levorato, via paralela à rodovia Marechal Rondon (SP-300), região do bairro Chácaras Bauruenses. Na ocasião, um dos criminosos fingiu ser entregador de pizza, obteve acesso ao local e rendeu os funcionários, que separaram dinheiro e holerites.
Durante todo o final de semana, a ocorrência envolveu equipes da PM e o Helicóptero Águia, que auxiliou nas buscas e encontrou, no domingo, a moto utilizada no crime, uma Honda Strada roxa. Ela estava abandonada em um matagal no bairro Chácaras Bauruenses. E foi a partir do emplacamento da moto que a PM foi obtendo informações, durante a tarde deste domingo, até localizar cinco dos seis suspeitos.
De acordo com o tenente da PM Vinícius Takeshi Sayki, cinco acusados foram presos: dois no Jardim Ivone, em Bauru, e três em uma residência no município de Arealva.
PRISÕES
O quebra-cabeça começou a ser resolvido a partir da moto abandonada. Os policiais chegaram até Jair Forte Junior, 24 anos, que teria comprado o veículo recentemente. Abordado e questionado, ele acabou alegando que vendeu a moto para Ademilson dos Santos Pereira, 38 anos, que estava acompanhado de David Willian da Silva, 21 anos, no momento da compra.
As equipes da Força Tática conseguiram confirmar que Ademilson e David eram os autores do roubo, juntamente com um terceiro assaltante: Carlos Alberto Batista Lima, 43 anos, que é morador de Arealva. Segundo a polícia Ademilson foi quem se disfarçou de entregador de pizza, entrou no estabelecimento e rendeu os funcionários, enquanto David e Carlos Alberto ficaram de "olheiros" do lado de fora.
Viaturas foram para Arealva e, na casa de Carlos Alberto, localizaram ele, Ademilson e David. O trio, ainda segundo a PM, acabou confessando que executou o crime. Além de revelarem quem teria passado as informações privilegiadas, um homem que ainda está foragido, indicaram onde estava escondida parte do dinheiro. R$ 38.905 foram localizados até o momento. A parte de Carlos Alberto estava enterrada no quintal da residência dele. Já o "lucro" de David e Ademilson estava escondido em uma mata próximo ao Jd. Ivone.
O tenente Vinícius Sayki explica ainda que o deslocamento de parte dos suspeitos até Arealva foi uma falha tentativa de "esperar esfriar" as buscas. A "arma" utilizada no crime foi, na verdade, um simulacro. Ela foi dispersada pelo bando em um matagal próximo do posto. Até o fechamento desta edição, o simulacro não havia sido encontrado.
MAIS ENVOLVIDOS
O tenente Sayki explica que, presos, os homens acabaram revelando também que Jair, na verdade, emprestou a motocicleta para que eles cometessem o roubo e que receberia R$ 10 mil por isso.
Os bandidos também contaram que, após o assalto, foram até uma sucata para contabilizar o dinheiro e dividir entre eles. Dono do local, Marcelo Aparecido Theodoro Pereira, 32 anos, teria "emprestado" o estabelecimento por uma quantia de R$ 200,00.
Os cinco participantes do crime foram presos e encaminhados ao Plantão da Polícia Civil, onde o caso foi registrado pelo delegado Roberto Cabral Medeiros, que solicitou a prisão temporária de todos.
Ontem (8), a Justiça expediu as prisões de todos os envolvidos, inclusive do sexto homem, que, agora, é considerado foragido. Os presos foram encaminhados para a Cadeia de Avaí e o inquérito segue, agora, com a Delegacia de Investigações Gerais.
Ligação?
No mesmo dia do roubo ao posto de combustíveis, outro grande assalto ocorreu em Bauru. Na ocasião, bandidos levaram R$ 150 mil de uma loja de roupas na quadra 19 da avenida Nossa Senhora de Fátima, no Jardim América. "Pelo que vimos nas imagens de câmera de segurança, não há ligação entre os crimes. Porém, as investigações não descartam nenhuma possibilidade", explica o delegado titular da DIG, Cledson Nascimento.
Para fechar de vez o caso, a polícia procura, agora, por Vagner Ribeiro de Andrade, 34 anos. Ele é acusado pela polícia de ter passado as informações privilegiadas para a execução do crime.
De acordo com o registro policial, Vagner não foi até o local no dia do assalto justamente por medo de ser reconhecido pelos funcionários.
Ele, inclusive, teria fugido da casa em que Carlos Alberto, Ademilson e David foram presos no momento em que a Polícia Militar chegou no imóvel.
Vagner é quem estaria com o restante do dinheiro - cerca de R$ 30 mil - que ainda não foi recuperado.
JCNET.
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