VICTOR, LEO E AUTOAJUDA: LEO CHAVES VIRA PALESTRANTE E DIZ QUE NEUROLINGUÍSTICA AJUDOU A SUPERAR FASE RUIM

24/07/2017 - 11:24

Vai se acostumando: nos próximos meses você verá Leo em outros palcos, longe do irmão, com o qual formou a dupla Victor & Leo há 25 anos. Em paralelo à carreira sertaneja, Leo Chaves vem fazendo palestras sobre Programação Neurolinguística e inteligência emocional.

Leo diz que essa fase de estudante e palestrante o ajudou a lidar com o momento ruim pelo qual passou o irmão e sua família. No início do ano, Victor foi acusado de agredir a mulher, Poliana Bagatini. No caso, o músico foi indiciado pela Polícia Civil de Minas Gerais.

“Todos os meus estudos me deram recursos para lidar melhor com as pessoas a minha volta - não só meu irmão - e enfrentar obstáculos. Esse agora é apenas mais um. Vão ter vários outros e já tivemos muitos. Mas de fato, me ajudou muito a lidar de forma mais tranquila.”
 
O sentido da vida
Leo começou a estudar neurolinguística após uma análise pessoal:
“Essa ideia de fazer palestras surgiu naturalmente quando passei a entender que o sentido da vida poderia estar relacionado com sentido que tenho na vida das pessoas em minha volta”.
 
Durante o período de estudo e autoconhecimento, criou o Instituto Hortense, projeto social que vai treinar professores para falar de inteligência emocional em escolas.
 
“Isso me causou uma certa vontade de dominar o assunto. O que naturalmente ocasionou alguns convites para dar palestras e contar minhas histórias. Me inspiro nos períodos em que tive que ser resiliente, que precisei me superar em diversos sentidos, arriscar na vida”.
 
A Programação Neurolinguística (PNL) é um sistema de conhecimentos que surgiu na Califórnia, nos Estados Unidos, no início dos anos 70. Ela oferece um modelo que tenta ajudar a entender como o ser humano pensa, age e se comunica, para que cada busque ser capaz de identificar e aproveitar suas capacidades para alcançar resultados.
 
“Adquirir a fama é perigoso no cérebro do ser humano. Você começa a ter uma série de massagens no ego. Parece que aquilo passa a ser tudo para você. A dificuldade é lidar com isso. Você passa a vestir uma máscara”.
 
“Costumo falar na palestra que algumas pessoas quando se tornam famosas tendem a se tornar estátuas antes de morrerem. Uma estátua é intocável. Ao mesmo tempo, é vazia. O cara se abandona, não se reconhece mais. Deixa de ser um cidadão comum para ser um personagem.”
 
Shows ainda são prioridade?
Para agosto, quando Victor e Leo tiram parte do mês para férias dos palcos, Leo tem previsão para fazer oito palestras. Em 2015, Leo disse que ficaria doente se deixasse de cantar. A declaração veio após seu irmão, Victor, revelar uma possível pausa da dupla. Que não rolou.
 
“Hoje, eu e Victor estamos bem. A vida é cíclica. A gente soube lidar com altos, baixos e dificuldades. Por isso estamos juntos. Temos problemas, situações complicadas, discussões, diferenças. O que a gente faz disso é que faz a diferença. Estamos de mãos dadas”.
 
“Acho que minha marca como cantor é bem mais forte. Mas de fato, o universo de palestras tem crescido e oferecido muitas oportunidades”, avalia.
 
Mas Leo tem dificuldade para encaixar as agendas. “Tenho falado mais ‘não’ do que ‘sim’ para palestras, porque muitas acontecem em final de semana, quando minha prioridade são shows”.
 
Ele não revela o cachê para as palestras. “Varia tanto, difícil falar disso. Mas diria que cachê mais interessante é a forma direta que tenho de provocar mudanças no ser humano.”
 
Livro de ficção
Leo também tem um livro na lista de seus desafios. “O aventureiro dos palcos” será lançado em 31 de agosto na Bienal do Rio. É uma ficção baseada nas reflexões que tem feito durante os recentes estudos.
 
“Coloquei um pouco da minha experiência em dois personagens inseridos no showbiz. São dois astros da música. A maioria das histórias não são minhas e todo o livro é baseados nos meus estudos de inteligência emocional”, adianta.
 
Embora seja um livro de ficção, vai trazer um toque de realidade. “Vou contar muito daquilo do que as pessoas não têm acesso na vida dos famosos”. Mas por que não lançar uma biografia da dupla? “Já tivemos proposta nesse sentido. Mas acreditamos que ainda estamos quase na metade do livro. Tem muito capítulo para construir, escrever.”
 
Fonte: G1 

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